Índice
Inicio
Instruções preliminares
Suporte do Espelho Primário
Suporte do Espelho Secundário
Focalizador
Suporte da Buscadora
Base dobsoniana
Tubo Principal
Tampa para o tubo principal
Luneta Buscadora
Retículo para alinhamento de mira
Alinhador Laser
 
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Construção de um telescópio refletor de 180 mm


Esquema óptico do telescópio projetado nessa página.
Pare o mouse sobre as partes para se familiarizar com os nomes. (Animação cedida por Sebastião Santiago)
.
Instruções Preliminares


Nessa sessão :
  • Introdução
  • Use as ferramentas apropriadas
  • Evite acidentes
  • Tomada de medidas
  • Cortando no lugar certo
  • Cortando círculos em madeira
  • Cortando segmentos de tubos
  • Dividindo uma circunferência em 3 partes iguais
  • Dividindo a circunferência em 4 partes iguais
  • Fazendo furos perpendiculares à madeira
  • Cola de Silicone
  • Dicas de Acabamento e pintura

    Introdução voltar para o topo

    Se você já se meteu a fazer trabalhos numa área que não é a sua área, já teve ter tido algumas das dificuldades citadas nesse texto; Já deve ter tido a desagradável surpresa de cortar um pedaço de madeira certinho, medido direitinho e na hora de usá-lo, ele não encaixa, fica folgado ou entorta o conjunto.
    Alguns cuidados podem ser tomados para reduzir em muito esses problemas.
    Lembre-se que se você construir um telescópio tosco, sem firmeza, que na hora do uso precisa segurar aqui, puxar alí, escorar lá... vai acabar desanimando de usar o equipamento.
    Apanhei muito para construir meu primeiro telescópio principalmente por falta de informações completas.
    A maioria dos sites que encontrei na Internet sobre construção de telescópios, traz fotos ou “modelos fechados”. ...foto é bom, mas um texto explicativo sempre ajuda. Sem saber o “porquê” de certas soluções encontradas, eu ficava sem saber se eu podia ou não mudar aquela característica.
    Lí uma tonelada de artigos na Internet e mesmo assim tive que várias vezes recorrer a ajuda do Sebastião Santiago, que teve muita paciência comigo :-).
    Algumas vezes, visitei alguns sites e lí por cima as instruções lá e perdi partes importantes do texto, que teriam me feito economizar o tempo de reinventar a roda. Foi assim com a maneira simples para dividir a circunferência em três partes e a maneira de cortar tubos. Por isso, no meu texto, sempre que me refiro a uma tarefa que exige algum "macete" coloco links para o tópico referente aqui nessa sessão; Algumas vezes esse link poderá parecer apenas algumas linhas abaixo de um lugar onde já apareceu. O motivo dessa redundância de links é garantir que o leitor da página não perca essa informação.
    Em cada sessão coloquei também um link para uma página adicional, onde conto os erros que cometí na primeira construção; Alguns desses erros talvez sejam comuns e com aquela narrativa, se você tiver que cometer erros, pelo menos que sejam diferentes. :-) Meu objetivo aqui é passar a experiência que obtive nesse trabalho pra quem está se aventurando nessa seara.
    Os textos foram sendo escritos a medida em que eu construia o telescópio, quase que um diário (na verdade, um "semanário" porque eu só tinha como pesquisar o assunto e trabalhar da construção nos finais de semana). Seguindo algumas premissas básicas, o trabalho de construção será tão prazeroso quanto o uso do equipamento. E espero que com essa página eu possa contribuir um pouco com a comunidade de astrônomos amadores.

    Use as ferramentas apropriadas voltar para o topo

    Ter ferramentas indicadas para o trabalho pode significar muito no resultado final e no tempo dispendido.
    Apertar parafusos com ponta de faca ou alicate pode até quebrar um galho numa emergência mas é um “des-serviço” num projeto não emergencial.
    Em todas as sessões eu enumero as ferramentas que usei; Algumas vezes certo trabalho poderia ser melhor executado tendo determinada ferramenta que eu não tinha e procurei mostrar isso no decorrer do texto.

    Alguns anos atrás eu encontrei numa banca de camelôs uma maleta de ferramentas por um preço muito bom...em números de hoje, uns 40 ou 50 reais (cerca de 15 dólares na época que redigi esse texto). Nessa maleta tinha alicate de pressão, alicate rebitador e alguns rebites, alicate de bico, alicate convencional, alicate para corte de fios, algumas chaves de fenda, algumas chaves Philips, um jogo de chave Allen, ferro de solda, arame de solda, chave de boca com catraca, uma pequena morsa (que dei de presente para um amigo) e várias outras ferramentas. Recentemente, ví a mesma maleta em vários camelôs no centro da cidade, na Rua Florêncio de Abreu e Rua Santa Efigênia, mas não cheguei a perguntar o preço.
    Não são ferramentas de qualidade super-hiper-excelente...Se for para usá-las numa oficina mecânica, com uso diário e peças pesadas provavelmente elas vão abrir o bico em menos de um ano. Mas para uso leve e esporádico (eu conserto computadores e faço serviços domésticos de vez em quando) é um investimento que com certeza vale a pena. Já as tenho a mais de 5 anos e estão todas em muito bom estado.
    Caso não tenha algumas das ferramentas citadas no texto, sugiro procurar essa maleta que tem uma excelente razão custo/benefício. Elas serão úteis nesse e em muitos outros projetos.

    Evite acidentes voltar para o topo

    Mantenha o local de trabalho organizado.
    Ferramentas deixadas no chão podem ser pisadas, chutadas e provocar acidentes. Além disso, perde-se tempo tentando encontrá-las.
    Estabeleça o padrão de sempre deixar as ferramentas num mesmo lugar durante o uso.
    Ferramentas elétricas devem ser retiradas da tomada se não serão usadas imediatamente.
    Mantenha seu rosto distante do local que estiver sendo furado / cortado. Uma broca ou serra que quebre espalha estilhaços que podem provocar acidentes sérios. Por essa razão, mantenha distância de quem estiver usando ferramentas, e exija que as pessoas mantenham distância de você quando você estiver usando.

    Ainda com relação aos acidentes, muito cuidado ao furar peças pequenas, como o suporte do espelho secundário. Use um alicate de pressão ou um “grampo de marceneiro” para prender esse tipo de peça (pequena) a uma bancada. Nunca use uma mão para segurar a peça e outra para segurar a furadeira.

    Use brocas apropriadas.
    Brocas para madeira quando usadas no aço tendem a perder o corte e, pior, se estilhaçar durante o uso.
    Brocas de aço quando usadas em madeira tendem a superaquecer e destemperar, perdendo o corte.

    Tomada de medidas voltar para o topo

    Muitas vezes uma peça é cortada errada por ter sido medida errada.
    Ao tirar medidas, cuidado com o efeito de paralaxe – que é muito útil para os astrônomos calcularem posição de astros, mas é o maior inimigo do construtor inexperiente de telescópios.
    Para entender o efeito paralaxe, estenda o braço, levante o polegar, feche um dos olhos e mire um objeto qualquer. Feche um olho e abra o outro. Veja como o objeto parece mudar de posição.
    Quando for tomar medidas, fique acima da régua, trena ou metro e olhe as marcações de milímetros de cima para baixo.
    Veja o desenho abaixo :

    Efeito paralaxe


    Note o que na posição A, o ponto a marcar é visto em Z;
    Na posição B é o ponto é visto em Y, que é o lugar correto e;
    Na posição C o ponto é visto em X.
    Pode parecer pouco, mas essas pequenas diferenças vão se somando (ou multiplicando) e no final o projeto está todo torto, com rebarbas e precisando de alguma gambiarra para funcionar.

    Ainda com relação à medição, quando for riscar para cortar, furar ou pregar, faça um traço firme mas que não seja largo. Se você fizer um risco largo, na hora de cortar / furar / pregar vai ficar na dúvida se o lugar certo é bem no meio da marca, à direita ou a esquerda dela.
    Pra piorar, dependendo de onde você olhar, o “meio” do traço vai estar mais pra direita ou pra esquerda devido ao efeito paralaxe citado acima.
    Quando riscar errado, não faça um segundo risco sem apagar o primeiro. Pela necessidade de apagar é aconselhável usar lápis em vez de caneta.
    E tenha um apontador por perto para manter a ponta do lápis mais ou menos afinada.

    Cortando no lugar certo voltar para o topo

    Não adianta tomar cuidado na tomada de medida e “soltar a mão” na hora de cortar.
    Antes de cortar, confira uma, duas três vezes se não está esquecendo de algum detalhe.
    Para fazer cortes retos, use o serrote mais deitado. Usar o serrote em pé torna o serviço mais leve e mais rápido, mas quase sempre resulta em cortes chanfrados ou que não seguem a linha traçada, principalmente se você não tem experiência no uso dessa ferramenta. Assopre de vez em quando para tirar o pó que acumula sobre o traçado.
    E cuidado com efeito paralaxe. Procure olhar dos dois lados do serrote para não achar que está cortando em cima do traçado quando está fugindo dele.

    Cortando círculos em madeira voltar para o topo

    Para recortar círculos em madeira, as ferramentas apropriadas são serra tico-tico ou uma serra manual de rodear. Pode se improvisar com uma serra de arco.
    Se não tiver as ferramentas mais indicadas, considere fazer um orçamento com um marceneiro, pois é um pouco complicado de conseguir circulos perfeitos. Especial atenção deve ser dada ao circulo de 100mm usado para o movimento de altitude, pois se esse círculo ficar irregular, o movimento propiciado por ele também será irregular. Recomendo deixar para fazê-lo por último, onde já terá alguma experiência nos cortes e conseguirá um resultado melhor.
    Para serrar os círculos manualmente, veja imagem abaixo:

    Recorte de círculos de madeira


    Usando um compasso, desenhe o circulo num pedaço de madeira.
    Recorte primeiro um quadrado um pouco maior que circulo (linhas azuis).
    Depois recorte os cantos desse quadrado (linhas vermelhas)
    Finalmente recorte o círculo.

    Cortando segmentos de tubos voltar para o topo

    Cortar um tubo de PVC é fácil mas não é simples.
    Alguns cuidados precisam ser tomados para evitar cortes irregulares ou em ângulo (chanfrados). Se você tem uma serra de bancada é moleza pois é só colocar o tubo da esteira e empurrar. Mas como eu não tenho uma serra dessas apanhei muito e estraguei alguns pedaços de tubo antes de achar uma forma eficiente. Felizmente, os pedaços que estraguei foram do tubo de 32mm que é mais barato e fácil de conseguir.
    O método que desenvolvi (e mais tarde descobri que tinha reinventado a roda, porque outros ATMs já descreviam o mesmo método) foi usar uma guia para fazer o traçado e girar o cano enquanto serrava.
    Posteriormente, aperfeiçoei criando um gabarito para riscar. Na sessão “tampa para o tubo principal” eu descrevo a construção de uma tampa feita com sobras do PVC de 200 mm.
    Use as instruções abaixo para serrar a tampa com as medidas descritas lá, mas em vez de montar o conjunto, guarde aquele pedaço para usar como régua para tracar os riscos no tubo principal.
    Em passos :
    1) Marque um ponto no lugar que deseja cortar.
    2) Use uma fita para rodear o cano, fazendo-a se encontrar perfeitamente alinhada com o outro lado. Você pode usar uma fita de costureira, ou qualquer outra fita que seja flexível e tenha bordas retas e regulares. Pode ser usado também um cinto de couro, que você deve ter no seu guarda roupa. Depois que passar a fita no cano, certifique-se de que ela está alinhada, que não tem um lado mais caído, etc. Você vai notar que é complicado manter qualquer desse objetos na posição certa e é por isso que eu recomendei mais acima que você só tenha esse trabalho um vez, para fazer a tal tampa do tubo principal e passe a usá-la como gabarito (régua de traçado)
    3) Risque usando a fita como régua. Faça um traço firme mais não muito grosso (veja as dicas de corte mais acima) e tome cuidado para não forçar a cinta para baixo ao riscar. Depois de riscar, confira a retidão do traço girando o cano.
    4) Para cortar, vá girando o cano e “afundando” com a serra a marca que feita com o lápis. Se ao chegar do outro lado a marca se encontrar, prossiga dando mais uma volta afundando um pouco mais. Se a marca não se encontrar você tem como refazer o traçado porque não o fez muito profundo. Na terceira ou quarta volta o cano já estará cerrado.
    5) Use uma lixa 50 ou 80 para retirar as rebarbas.

    Veja abaixo uma foto do gabarito, construído dessa forma, sendo usado como régua para marcar lugares a cortar no tubo de 200 mm:

    Gabarito para riscar tubos de 200mm




    Dividindo uma circunferência em 3 partes iguais voltar para o topo

    Em diversas partes do texto existe menção à dividir uma circunferência em três partes iguais; Por exemplo, para por os pés de borracha na base, os parafusos de ajuste do suporte primário, na construção da aranha (suporte do espelho secundário) etc, etc...
    Aqui, eu penei um pouco, fazendo quadrados, triângulos, etc até lembrar dos métodos de geometria lá da quinta série e perceber que usando um compasso posso dividir uma circunferência em quantas partes iguais quiser. Depois percebi que eu podia ter economizado um bocado de tempo se tivesse lido com mais atenção algumas páginas que visitei, porque algumas delas tinham essa instrução.
    O processo, em passos, é:

    1) Use o compasso para traçar uma circunferência.
    2) Coloque a ponta seca do compasso sobre a linha da circunferência e com a mesma abertura usada para traçar a circunferência, trace um arco indo de um lado ao outro do círculo (arco em azul no desenho).
    3) Coloque a ponta seca sobre o ponto que o arco cruzou a circunferência e repita o processo traçando mais um arco (em cinza, no desenho).
    4) Vá para o próximo ponto de intersecção do arco com a circunferência e repita o processo até voltar ao ponto inicial.
    Quando terminar, terá como resultado o desenho abaixo, com a circunferência dividida em seis partes iguais;
    Conte as pétalas intercaladas para ter 3 posiçôes equidistantes:

    Divisão da circunferência em três partes iguais


    Dividindo a circunferência em 4 partes iguais voltar para o topo

    Caso precise fazer isso num tubo, como por exemplo, para fazer as ranhuras para alinhamento descritas na sessão “tubo principal”, execute o processo abaixo numa cartolina ou papelão, recorte o circulo e coloque sobre o tubo.
    Passo a Passo:
    1) Trace uma reta que passe pelo centro da circunferência (tracejado horizontal preto na figura).
    2) Com uma abertura do compasso maior que a metade do raio da circunferência, coloque a ponta seca na intersecção dessa reta com a circunferência e trace dois arcos (arcos em azul na figura):
    3) Trace uma reta passando pelos dois pontos de intersecção dos arcos (tracejado vertical preto na figura).

    Divisão da circunferência em quatro partes iguais


    Fazendo furos perpendiculares à madeiravoltar para o topo

    Algumas vezes será necessário fazer furos bem perfeitos na madeira. Por "perfeito" entenda-se que esse furo precisará ser perpendicular em relação à madeira (ter um ângulo reto, de 90º, em relação à madeira) e /ou furos paralelos entre-sí.
    Isso é fácil se tiver uma furadeira de bancada, mas não é fácil usando somente as mãos para orientar a broca.
    O macete para conseguir isso é dado abaixo:

  • Use uma broca fina para fazer cuidadosamente os furos guias.
  • Passe um parafuso ou um prego pelo furo e veja para que lado ele inclina. Esse parafuso ou prego deve ter um diâmetro para entrar mais ou menos apertado no furo e ser longo o suficiente para que a sobra do lado de fora permita perceber a inclinação dele.
  • Se o parafuso ficar inclinado, use uma broca mais larga, forçando um pouco para o lado oposto da inclinação.
  • Repita o processo até chegar ao diâmetro desejado.


    Cola de Silicone voltar para o topo

    Eu usei cola da marca Brascoved, recomendada pelo Sebastião Santiago.
    Essa cola é disponível nas cores transparente ou preta.
    Eu comprei da transparente. Para a colagem do espelho primário a cor não faz a menor diferença pois a cola fica atrás do espelho.
    Na colagem do espelho secundário, no entanto, acho que cola preta seria mais vantajosa, porque depois de colado será necessário dar umas pinceladas de tinta preta nas rebarbas de cola se ela for branca ou transparente.
    Minha dica, então, é que você compre a cola preta, já que o preço é o mesmo.

    Dicas de Acabamento e pintura voltar para o topo

    Para lixar partes de PVC use lixa d´água.
    Para lixar partes de madeira use lixa seca.
    Sempre comece o trabalho usando lixas mais grossas e vá usando lixas mais finas para dar o polimento, quando necessário.
    Na madeira, antes de pintar aplique seladora de madeira, senão a madeira chupa um litro de tinta e continua aparentando não ter sido pintada. Além da aparência, o uso da seladora ajuda na conservação da madeira, servindo como um impermeabilizador.
    A seladora de madeira é uma tinta parecida com verniz, mas é translúcida e bem grossa. Por isso, antes de aplicada deve ser dissolvida em thinner. A porcentagem varia de acordo com o acabamento desejado, mas na própria embalagem você vai encontrar instruções de uso.
    Para aplicar a seladora, o jeito mais fácil e econômico é fazer uma bucha de estopa, chamada de “boneca” pelos marceneiros.
    É mais fácil aplicar seladora, lixar e polir antes de pregar, porque depois da montagem alguns cantos ficam pouco acessíveis para a bucha / lixa. Além do mais, aplicando a seladora antes de montar uma área maior é protegida por ela, pois após a montagem não tem como aplicar a seladora sobre as áreas cobertas por outras madeiras.
    Ao pintar, nunca faça movimentos circulares com o pincel ou boneca ou spray. Faça os movimentos num mesmo sentindo. Se você ora faz movimentos verticais, ora movimentos horizontais ficam aparecendo riscos no acabamento final.
    Se usar pinceis, não o encharque demais evitando que a tinta escorra.
    Tanto a seladora, quanto a tinta ou o verniz são produtos químicos inflamáveis que exalam forte cheiro durante o uso. Assim, procure aplicá-los em um local arejado e longe de fonte de calor ou de fogo.
    O tubo principal fica com o exterior mais bonito de for usado spray ou uma pistola de pintura; Por dentro, onde deve ser usada tinta preto-fosco, é mais eficiente usar um pincel porque os riscados e irregularidades do pincel são úteis para evitar reflexos no interior do cano.

    Para dar aquele brilho de porta guarda roupa, siga o procedimento abaixo:

    Lixe a madeira com com lixas sucessivamente cadas vez mais finas, até que a madeira fique bem lisa.
    Aplique a seladora sem diluir em thiner, mas espalhando e alisando bem. Depois de secar, use uma lixa fina, grão 320 ou mais, para lixar.
    Repita o processo acima, mas agora dilua a seladora com 50% de thiner.
    Verifique a suavidade da madeira.
    Pode ser necessário aplicar outras demãos de seladora diluída com cada vez mais thiner. A idéia aqui é cobrir todas as imperfeições da madeira com a seladora e formar uma fina camada com ela sobre a madeira.
    Pode ser necessário umas 8 ou 9 demãos para conseguir aquele brilho profissional.
    Quando a suavidade da madeira estiver satisfatória, passe a usar somente thiner, umidecendo a bucha com ele e alisando a superfície da madeira, deixando secar bem a cada passagem.
    Pare o processo quando achar que o brilho já está satisfatório.
    Pela necessidade se diversas secagens, o processo vai ser mais eficiente num dia ensolarado e quente.

    Essa é a descrição teórica, mas na prática é necessário alguma experiência, por isso, sugiro tentar ganhar experiência praticando com um pedaço pequeno de madeira.
    O problema mais comum é enrugar (excesso de thiner ou falta do mesmo) ou ficar esbranquiçado (quando o temperatura ambiente está úmida ou fria) e nesse caso é preciso começar tudo de novo.
    Confesso humildemente não consegui dar tanto brilho nas minhas peças; Em certo momento, chegava a ver meu reflexo começando a surgir na madeira enquanto trabalhava, mas fui inventar de aplicar mais uma demão e esbranquiçou tudo. :-/
    Eu reiniciei o processo mas não fiz questão de tanto brilho...parei antes de dar zebra de novo :-)

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